Domingo de manhã
Quando acordou, Pedro viu que o
sol já estava alto na manhã daquele domingo de verão. Havia bebido além da
conta na noite anterior, a cabeça doía e aos poucos foi voltando à realidade. Olhou
para a cama revirada e só então percebeu a falta dela.
Saiu pela sala, banheiro e procurou
esperançoso no resto da casa, mas nenhum sinal de Mari. Entristeceu-se.
Preparou um forte café na cozinha
e ficou pensando nos últimos acontecimentos da semana como a perda do emprego,
a ameaça de despejo e a batida de carro. Tantas coisas juntas acontecendo
ao mesmo tempo e agora, de manhã, Mari também não estava ali. O que mais
estaria por vir?
Analisou a possibilidade de
aceitar a oferta de trabalho que um amigo havia feito e mudar-se de Estado,
talvez fosse esse o momento. Resolveria ou fugiria dos problemas, mas e Mari?
Estava tão concentrado em seus
pensamentos que quase não ouviu o barulho na porta, abriu-a e fez um largo
sorriso ao ver Mari entrar, mas ela sequer lhe dirigiu o olhar.
Foi direta até a cozinha, tomou
água e virou-se finalmente para encará-lo.
Pedro sentiu um calafrio e ficou
um instante sem ação, mas logo se refez, tomou um gole do café é foi servir
ração para sua gata persa. Tudo em seu devido lugar, Mari estava de volta.
Parabéns querido amigo.
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